13 dezembro 2009

Desenhar Pousão






Após árduas horas de trabalho diárias , a cópia da obra está finalmente concluída! =D
Não foi tão difícil como julgava que seria, mas era um desafio, e se não há desafio a "coisa" não tem piada nenhuma. É certo que valeu a pena! Adorei desenhar Pousão. As suas obras são lindíssimas e é quase tão bom observá-las como desenhá-las. Tem sido uma experiência fantástica, com a qual tenho aprendido imenso!
Segue-se uma foto do resultado final da cópia.





Relativamente à interpretação a teoria está feita, resta terminar o trabalho. A minha ideia consiste em fazer com que as principais características presentes na obra sobressaiam.
Como pude constatar através da análise que fiz da obra, e a que a doutora Paula Azeredo fez, durante a visita ao Museu Nacional Soares dos Reis, esta obra além de estar inacabada, revela várias das características que a pintura de Henrique Pousão foi assumindo ao longo dos tempos. O impressionismo é evidente. Por toda a obra é possível observar que a construção das formas é feita basicamente através de contrastes de luz e sombra e efeitos de claro/escuro, sendo que, por estar inacabada, revela ainda mais expressividade que nas outras obras. Outra característica importante, presente nesta obra, são os elementos que nela se encontram, nomeadamente a arquitectura, a natureza e a figura humana. As cores utilizadas situam-se ainda nos tons base, sendo que a mancha predomina por toda a obra, na qual existe muito pouco pormenor. Relativamente à figura humana, é importante referir que esta tem apenas uma mera função de escala, ao contrário de outras obras que se tratavam de desenho de modelos, nesta a figura não tem muita importância pois as atenções parecem focar-se essencialmente no grande muro amarelo, por trás da figura, que ocupa grande parte da obra.
Para a realização da minha interpretação optei por fazer uma assemblage, a fim de conseguir evidenciar as principais características da obra. Como materiais utilizei placas de esferovite, que sobrepostas criam o efeito de profundidade visível na arquitectura, na qual existem vários planos de muros e casas; e pasta de papel para representar a natureza, sendo que a pasta tem um efeito rugoso, este evidencia a expressividade presente na obra, essencialmente na natureza. Para representar a figura humana, tendo esta a mera função de escala como já referi anteriormente, decidi realizar o esboço que eventualmente Pousão poderia ter feito antes de começar a pintar a obra, esboço esse que contém as linhas de apoio, o recurso às formas básicas, e as linhas de divisão do corpo humano através da medida da cabeça, isto em virtude de mostrar os elementos de escala do desenho e ainda para evidenciar o facto de que a obra estava ainda em processo. Relativamente às cores, irei recorrer essencialmente a cores base, tal como acontece na obra, evidenciando o processo e o aspecto de inacabado.
Seguem-se alguma fotos do processo.





















2 comentários:

Regina Lamares disse...

Parabéns...Bravo... qualquer dia já podes dar aulas por mim ;-)

Regina Lamares disse...

devias colocar estes textos no fórum!... como avaliação que fazes do projecto: copypaste ;-)